O Efeito dos Exercícios Resistidos na Intensidade e Percepção de Mudança da Dor musculoesquelética no contexto clínico

Trabalho Científico

Hélena Dalla Bernardina1; Luciana Mastandrea 1; Sandra Nunes de Jesus 1; Sandro Soares 2; José Maria Santarem 1

Introdução

A dor musculoesquelética afeta a qualidade de vida e a capacidade funcional, impactando 1,7 bilhão de pessoas no mundo, com tendência a piorar com a idade. Os exercícios resistidos (ER) tem sido uma intervenção eficaz para o alívio da dor a longo prazo(3).

Objetivo

Foi investigar o efeito dos exercícios resistidos na intensidade da dor musculoesquelética em indivíduos adultos

Métodos

Realizamos um pré-experimento com 94 pacientes de ambos os sexos, com média de 66,35 ± 13,41 anos. Os diagnósticos principais foram discopatia cervical/lombar, meniscopatia, artrose de joelhos, quadris e mãos e tendinopatias de ombros e quadris, todos com sintomas dolorosos. O protocolo de ER consistiu em 12 semanas de treinamento, duas vezes por semana, com 3 a 5 séries de 6 a 12 repetições. Os exercícios básicos foram: press peitoral, remada, desenvolvimento, rosca lateral, tríceps lateral, leg press, gêmeos e abdominais. As avaliações físicas foram realizadas antes e ao término do estudo. A escala visual numérica (EVN) foi usada para medir a intensidade da dor, e a escala de impressão global de mudança do paciente (Patient Global Impression scale Change (PGIC) foi utilizada para avaliar a percepção de mudança no quadro clínico. Usamos ANOVA de medidas repetidas para diferenças ao longo do tempo, com p < 0,05. As análises foram realizadas no software Jamovi.

Discussão

O ER têm se mostrado eficiente no tratamento da dor crônica. Pessoas fragilizadas devem realizar exercícios adaptados em relação a pesos e amplitudes, sendo essencial a escolha adequada dos exercícios(3). A EVN e a PGIC são instrumentos essenciais para avaliar e direcionar a melhor conduta para essa população(1,2) .   

Conclusão

O programa de exercícios resistidos mostrou-se eficaz na redução da intensidade e percepção da dor musculoesquelética. Mudanças antropométricas podem exigir mais tempo de treinamento devido às fragilidades dos participantes.